Dados europeus corrigem a inflação para níveis críticos (deflação) em Portugal
Inflação muito baixa nos Açores
pode ser um sinal de alarme
pode ser um sinal de alarme
(Publicado no Diário Insular de 31 de Agosto)
A inflação nos Açores, se for medida de acordo com indicadores europeus que não existem na Região, pode ser preocupante, indiciando um cenário de recessão.
Não existem nos Açores dados sobre o Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor, mas tendo em conta que o valor da inflação distribuído pelo SREA (0,18% em julho) é muito inferior ao valor nacional (0,72%), pode deduzir-se que há razões para preocupação, uma vez que pelo índice harmonizado a inflação em Portugal caiu para -0,7%.
A análise feita aos números agora revelados na Europa e os comentários sobre as suas consequências podem extrapolar-se para a situação dos Açores -- apesar da reduzida dimensão e de fatores porventura diferentes --, mas que não é certamente positiva, refere o jornalista Rafael Cota numa análise aos dados europeus que faz para o nosso jornal.
Não existem nos Açores dados sobre o Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor, mas tendo em conta que o valor da inflação distribuído pelo SREA (0,18% em julho) é muito inferior ao valor nacional (0,72%), pode deduzir-se que há razões para preocupação, uma vez que pelo índice harmonizado a inflação em Portugal caiu para -0,7%.
A análise feita aos números agora revelados na Europa e os comentários sobre as suas consequências podem extrapolar-se para a situação dos Açores -- apesar da reduzida dimensão e de fatores porventura diferentes --, mas que não é certamente positiva, refere o jornalista Rafael Cota numa análise aos dados europeus que faz para o nosso jornal.
QUEDA LIVREA inflação anual na zona euro diminuiu, em julho de 2019, para 1%, quando um ano antes era de 2,2% e na União Europeia caiu para 1,4%, quando no mesmo mês do ano anterior era de 2,2%, de acordo com dados distribuídos pelo Eurostat e relativos ao Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC - sigla em Inglês).
A média anual mais baixa regista-se em Portugal (-0,7%), o que significa que o país entrou em deflação, fenómeno que já não acontecia há quatro anos.
O valor referente a Portugal difere do apresentado pelo INE (0,72%), porque o dado distribuído pelo Eurostat é um valor harmonizado, isto é, tem em conta a paridade de poder de compra, permitindo assim a comparação dos diferentes países na zona euro.
A média anual mais baixa regista-se em Portugal (-0,7%), o que significa que o país entrou em deflação, fenómeno que já não acontecia há quatro anos.
O valor referente a Portugal difere do apresentado pelo INE (0,72%), porque o dado distribuído pelo Eurostat é um valor harmonizado, isto é, tem em conta a paridade de poder de compra, permitindo assim a comparação dos diferentes países na zona euro.
SINAIS DE RECESSÃOA quebra que se verifica na inflação no conjunto da Europa e da Zona Euro, ao longo dos últimos dozes meses, configura receios, expressos por diversas entidades, de uma recessão económica, porventura mais evidente em Portugal.
Nos últimos dias têm surgido notícias que mostram essa preocupação. Segundo a agência EFE, "esta nova descida da inflação aproxima a possibilidade de o Banco Central Europeu tomar medidas para estimular a economia em setembro, depois de em julho o seu presidente, MarioDraghi, ter advertido que o emissor não iria aceitar níveis de inflação permanentemente baixos" e que estavam preparados para atuar de modo a aumentar a taxa.
O alvo do BCE é manter a inflação a níveis próximos, mas inferiores, a 2%.
A maior contribuição para a desaceleração dos preços na Zona Euro vem do setor serviços (0,53 pontos percentuais), seguido dos preços de alimentos, álcool e tabaco (0,37 pontos), dos bens industriais não energéticos (0,08 pontos) e a energia (0,05 pontos).
Nos últimos dias têm surgido notícias que mostram essa preocupação. Segundo a agência EFE, "esta nova descida da inflação aproxima a possibilidade de o Banco Central Europeu tomar medidas para estimular a economia em setembro, depois de em julho o seu presidente, MarioDraghi, ter advertido que o emissor não iria aceitar níveis de inflação permanentemente baixos" e que estavam preparados para atuar de modo a aumentar a taxa.
O alvo do BCE é manter a inflação a níveis próximos, mas inferiores, a 2%.
A maior contribuição para a desaceleração dos preços na Zona Euro vem do setor serviços (0,53 pontos percentuais), seguido dos preços de alimentos, álcool e tabaco (0,37 pontos), dos bens industriais não energéticos (0,08 pontos) e a energia (0,05 pontos).
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