sábado, 25 de outubro de 2008

Pesca - Setembro de 2008


O volume de pescado entrado nos portos dos Açores, de Janeiro a Agosto, registou uma diminuição de 30%, relativamente a igual período do ano passado.
A maior quebra acontece na safra do atum, mas mesmo assim, os armadores não consideram um ano mau. Dizem que 2007 é que foi excepcionalmente bom. No fundo, para os armadores, voltaram às safras médias dos últimos tempos.
Por ilhas, o Pico foi a ilha onde a quebra foi mais acentuada.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008


Publicado no "Diário Insular" de 22 de Outubro
Estatísticas revelam
Preço da alimentação cresce mais nos Açores



O preço dos alimentos nos Açores tem crescido mais do que no resto do País. E nos últimos 12 meses, cresceu mais do que nos restantes sectores na Região.
O preço dos alimentos é o que mais cresceu nos Açores nos últimos 12 meses, confirmam as estatísticas que reflectem a variação média dos últimos 12 meses, divulgadas pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).Segundo a mesma fonte, em Janeiro de 2007, a taxa relativa ao sector dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas situava-se nos 4,6 por cento. Em Setembro deste ano, segundo a mesma tabela – a que DI teve acesso – esse valor centrava-se nos 5,8 por cento.“Registou-se um crescimento de 1,2 pontos percentuais. Este é um dos maiores crescimentos no total dos sectores que compõem esta tabela”, explica Rafael Cota, jornalista da RDP/Açores e autor do blogue “Números e Números”, onde publica e analisa as mais recentes estatísticas sobre o arquipélago.O preço dos alimentos cresceu 1,2 pontos percentuais entre Janeiro do ano passado e Setembro deste ano, enquanto a inflação passou de 3,7 por cento para 3,0 por cento.Segundo o jornalista Rafael Cota, o crescimento dos preços dos alimentos tem sido maior que em dois sectores que, tradicionalmente, tinham crescimentos acentuados: a Educação e os Transportes.“E se olharmos para o crescimento dos bens não essenciais, vêmos que ele é muito reduzido”, adianta.“Em minha opinião, estes dados revelam que há sectores na população com poder de compra e que vão mantendo um volume de negócios que evita que os empresários baixem os preços dos alimentos”, explica o jornalista.“Há um crescimento reduzido nos preços dos bens não essenciais, mas assiste-se ao contrário nos bens essenciais, como é a alimentação. Esse facto ganha maior evidência porque falamos de um sector cuja variação nos preços afecta toda a população. Ninguém pode abdicar dos alimentos”, argumenta Rafael Cota.O autor do blogue “Números e Números” adianta ainda que o maior crescimento dos preços dos alimentos resulta da falta de concorrência no sector.“De facto, quando chegaram ao arquipélago, as grandes superfícies fizeram baixar os preços. Mas, com o tempo, eles voltaram a níveis mais elevados. E hoje, todo o comércio de produtos alimentares apresenta preços semelhantes e elevados, por exemplo, em comparação com os praticados no Continente”, explica.Além disso, Rafael Cota admite que o turismo é outro dos factores a justificar o crescimento dos preços dos alimentos.“Por ano, 400 mil turistas visitam o arquipélago, ficando por cá entre dois a três dias, em média. Ora, essa população tem algum poder de compra, ou, mesmo não tendo, gasta sempre algum dinheiro em refeições, aceitando os preços por cá praticados. Isso tem assegurado que eles se mantenham”, explica.Outra análise que compra esta tendência está espalhada no gráfico apresentado ao lado: desde 2002, os preços da alimentação cresceram mais nos Açores do que nas restantes regiões do país.E também cresceram mais que a média nacional e que a região autónoma da Madeira.





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