terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Inflação


A taxa de variação média dos últimos doze meses, terminados em janeiro, do Índice de Preços no Consumidor, nos Açores, desceu para 4,47%.
Apesar da descido ainda se verificaram subidas nas classes de “Produtos alimentares e bebidas alcoólicas” (11,11%), “Restaurantes e hotéis” (10,68%), “Comunicações” (4,88%) e “Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação” (4,74%).

A única classe que apresentou variação média negativa foi a do “Vestuário e calçado” (-1,14%). 

A taxa de variação média dos últimos doze meses nacional foi de 3,82%.


Taxa homóloga

A taxa de variação homóloga nos Açores passou subiu de 1,87  para 2,43% 

A nível nacional a taxa de variação homóloga foi de 2,3%, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. 

Esta aceleração é em parte explicada pelo aumento de preços da eletricidade e pelo fim da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais.





 


sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

PIB nos Açores

PIB nos Açores com aumento pouco expressivo

 

Números, recentemente divulgados pelo INE, mostram que o Produto Interno Produto (PIB), em 2022, cresceu 6,8% nos Açores, valor igual ao todo do país.

O Algarve é a Região que apresenta maior crescimento (17,0%), seguindo-se a Região Autónoma da Madeira (14,2%) e a Área Metropolitana de Lisboa (8,2%), todas com desempenhos superiores a média do país.

O Norte (5,6%), o Alentejo (4,7%) e o Centro (3,8%) apresentaram crescimentos mais moderados. Refira-se que, em larga medida, as regiões que apresentaram desempenhos mais modestos, em 2022, tinham sido menos afectadas pela pandemia nos dois anos anteriores. Em sentido oposto, as regiões com crescimentos mais intensos, em 2022, tinham registado contracções mais fortes nos anos da pandemia.

Ainda não são conhecidos os valores do Valor acrescentado Bruto para todos os sectores, mas há indícios que o turismo terá tido um contributo significativo em 2022, tendo em conta que as Regiões com mais movimento foram as que apresentam melhor desempenho do PIB, designadamente o Algarve, a Madeira e Lisboa.

Os Açores apresentam um valor menor, provavelmente afectado por outros sectores de actividade. Dos números até agora conhecidos, na Região cresceram as actividades financeiras, os seguros e a construção, enquanto a agricultura e as actividades imobiliárias apresentam ligeiras descidas.

O documento distribuído pelo INE refere explicitamente esta situação: O crescimento do PIB da Região Autónoma dos Açores (6,8%), embora tenha beneficiado do crescimento nos ramos do comércio, transportes, alojamento e restauração (18,3%) e dos serviços prestados às empresas (19,6%), foi condicionada pelo decréscimo do VAB da agricultura, silvicultura e pesca (-2,6%).


Mais próximo da EU

 

Nos números dados a conhecer pelo INE, é de registar a percentagem do PIB per capita, relativamente à média nacional que desde 2021 se situa nos 90% e em particular a comparação com a média europeia (UE27) que apresenta uma significativa subida de 3 pontos percentuais e está agora nos 71%,embora em anos anteriores já tenha chegado aos 74% (ver gráfico).


 

O que produz maior riqueza nos Açores

 

Como já foi referido ainda não são conhecidos os valores do Valor Acrescentado Bruto para todos os sectores relativamente a 2022. Mas se tivermos em conta os dados do ano anterior, é bem possível que o sector do turismo, que já tinha crescido de 4% para 6%, de 2020 para 2021, venha a atingir um valor semelhante aos tempos antes do Covid, próximo dos 8%. Dados não oficiais referem que o turismo poderá atingir os 10%.

Olhando os números, chega-se a conclusão que a função pública é ainda o sector que mais contribui para o crescimento económico, com valores da ordem dos 13%, seguindo-se a saúde com 11% e a educação com 8%.

Se considerarmos o conjunto dos funcionários públicos, o Valor Acrescentado Bruto, estará próximo dos 32% ou seja cerca de um terço da riqueza da Região provém do sector público.


 

População empregada