Publicado no "Diário dos Açores de 18 de Novembro
Açores já recuperaram turismo
perdido com a pandemia
No período de
Janeiro a Setembro, os Açores registaram 2,5 milhões de dormidas ligeiramente acima
do número verificado em igual período de 2019, antes da pandemia (+0,7%). As
receitas, apenas as respeitantes à hotelaria tradicional, atingiram no período
em questão, de Janeiro a Setembro, 104,6 milhões de euros o que representam, no
conjunto da Região um aumento de 19%, relativamente ao mesmo período de 2019,
que foi de 87 milhões, crescimento bem superior ao aumento das dormidas.
A Terceira foi a ilha que registou uma das
maiores taxas de recuperação (+14%), superior à média regional e superior a várias
outras ilhas. Este crescimento é resultado do aumento de operações do exterior
com destino ao aeroporto das Lajes. Valor acima do da Terceira registou as
Flores e superior verificou-se na ilha do Corvo, que praticamente duplicou.
S. Miguel não atingiu o total das dormidas
do mesmo período de 2019, número que nessa altura era já muito elevado, mas é
uma descida pouco significativa (- 0,8%). Descidas mais acentuadas
registaram-se em Santa Maria (- 9,5%), Graciosa (- 13,3%) e S. Jorge (-8,5%).
A estada média, no conjunto dos Açores, no
corrente ano de 2022,no período de Janeiro a Setembro, considerando apenas a
hotelaria tradicional, foi de 3 dias por hóspede, com o registo mais baixo no
Corvo, com 1,8 dias e o mais elevado em S. Miguel com 3,3 dias. A permanência
na Terceira foi de 2,7 dias, na Graciosa 2,3, em S. Jorge de 2,3, no Pico, de
2,6 e no Faial de 2,3 dias por hóspede.
Em Setembro de 2022 havia 2505
funcionários, na hotelaria tradicional, menos cerca de 300 dos que trabalhavam
em Agosto, que eram 2813.
Dados de 2019, últimos conhecidos,
apontavam para um valor do Valor Acrescentado Bruto no sector do turismo de
7,9%, registando, nessa altura, um crescimento de 2 pontos percentuais
relativamente a 2016. Alguns economistas acreditam que esse valor poderia estar
próximo dos 10%.Não é possível, por enquanto, avaliar o impacto da crise
resultante da COVID e até que ponto a recuperação que agora se regista poderá
voltar a recolocar os valores das mais-valias do turismo que se previam.
Rafael Cota
Sem comentários:
Enviar um comentário