quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Turismo - Setembro 2022 - "Diário dos Açores"

Publicado no "Diário dos Açores de 18 de Novembro 

Açores já recuperaram turismo

 perdido com a pandemia

 

No período de Janeiro a Setembro, os Açores registaram 2,5 milhões de dormidas ligeiramente acima do número verificado em igual período de 2019, antes da pandemia (+0,7%). As receitas, apenas as respeitantes à hotelaria tradicional, atingiram no período em questão, de Janeiro a Setembro, 104,6 milhões de euros o que representam, no conjunto da Região um aumento de 19%, relativamente ao mesmo período de 2019, que foi de 87 milhões, crescimento bem superior ao aumento das dormidas.

A Terceira foi a ilha que registou uma das maiores taxas de recuperação (+14%), superior à média regional e superior a várias outras ilhas. Este crescimento é resultado do aumento de operações do exterior com destino ao aeroporto das Lajes. Valor acima do da Terceira registou as Flores e superior verificou-se na ilha do Corvo, que praticamente duplicou.

S. Miguel não atingiu o total das dormidas do mesmo período de 2019, número que nessa altura era já muito elevado, mas é uma descida pouco significativa (- 0,8%). Descidas mais acentuadas registaram-se em Santa Maria (- 9,5%), Graciosa (- 13,3%) e S. Jorge (-8,5%).

A estada média, no conjunto dos Açores, no corrente ano de 2022,no período de Janeiro a Setembro, considerando apenas a hotelaria tradicional, foi de 3 dias por hóspede, com o registo mais baixo no Corvo, com 1,8 dias e o mais elevado em S. Miguel com 3,3 dias. A permanência na Terceira foi de 2,7 dias, na Graciosa 2,3, em S. Jorge de 2,3, no Pico, de 2,6 e no Faial de 2,3 dias por hóspede.

Em Setembro de 2022 havia 2505 funcionários, na hotelaria tradicional, menos cerca de 300 dos que trabalhavam em Agosto, que eram 2813. 

Dados de 2019, últimos conhecidos, apontavam para um valor do Valor Acrescentado Bruto no sector do turismo de 7,9%, registando, nessa altura, um crescimento de 2 pontos percentuais relativamente a 2016. Alguns economistas acreditam que esse valor poderia estar próximo dos 10%.Não é possível, por enquanto, avaliar o impacto da crise resultante da COVID e até que ponto a recuperação que agora se regista poderá voltar a recolocar os valores das mais-valias do turismo que se previam.

 

Rafael Cota 








 

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