terça-feira, 24 de maio de 2016

Comportamento da Economia


Comportamento da economia
Os dados disponíveis mostram há uma dinâmica positiva na economia dos Açores, em grande parte em consequência do crescimento do turismo. Tanto o indicador do SREA, como o que tenho vindo a elaborar, mostram uma subida significativa  no primeiro trimestre de 2016.
O turismo trouxe, sem dúvida, um novo fôlego a muitos serviços, como a restauração, o pequeno comércio, as agências de viagem e de rent a car. Basta ver que o número de automóveis novos vendidos no 1º trimestre quase 60 % no primeiro trimestre, sendo de supor que uma boa parte sejam viaturas para renovar as frotas dos rent a car e das resposta aos pedidos que se esperam no corrente ano.
Todavia, é preciso ter em atenção que, alguns destes valores foram comparados com dados relativos a uma altura em que ainda não se tinha iniciado a operação low cost, pelo que é de esperar que nos próximos trimestres  algumas destas variações sejam  menores.
O mesmo acontece com a produção de leite, que devido às limitações impostas pela indústria deverá diminuir, como também o seu peso na economia estará a pesar menos, face à diminuição do preço pago à produção nos últimos tempos.
Em grande parte esta descolagem da economia ainda não se sente no dia-a-dia muito por culpa das insolvências pessoais, como disse Ana Paula Santos, no seu comentário no Açores Global. Nem sempre o clima econó
Mas, se vários indicadores mostram uma evolução positiva, outros, como a construção as coisas não correm bem e isso está a influenciar a economia e em particular a situação social de muitas famílias.
Na verdade, sendo uma actividade com um peso reduzido no Valor Acrescentado Bruto V(AB), não tem uma grande repercussão em termos da animação económica, mas tem, todavia, um significativo peso social.
Na verdade, a construção civil emprega uma quantidade apreciável de mão-de-obra não qualificada que não consegue facilmente emprego noutros sectores e sem trabalho, tem consequências, para muitas famílias de baixos recursos mesmo que tenha apoios sociais.
Segundo dados de 2013 (últimos disponíveis) a construção civil representava apenas 4,1% do Valor Acrescentado Bruto da Região, quando há 20 anos valia mais do dobro.
Nesse momento emprega apenas 6 mil pessoas, quando já empregou 13 mil, há duas décadas.


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