quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Pesca - 2017

Conservas dos Açores ultrapassam os 50 milhões de euros em exportações
Publicado no "DIÁRIO DOS AÇORES" de 7 de Fevereiro de 2018
O total do pescado entrado nos portos dos Açores
registou, em 2017, um aumento de cerca de 10%, relativamente
ao ano anterior, contrariando uma descida
que se registava há vários anos, sendo o atum o principal
responsável por essa variação.
O aumento verificado o ano passado teve repercussões
nas receitas em lota, mais 14%, e sobretudo contribuiu
para o crescimento do valor das exportações de
conservas num valor que se estima de 7%.
Como se pode ver no gráfico, a pesca tem vindo a registar
variações, em alguns casos acentuadas, ao longo
das últimas décadas, tendo atingido um pico em 2010,
chegando às 18 mil toneladas, mas depois as capturas foram sempre diminuindo, até chegarem a 5 mil toneladas,
cerca de um terço em 2016.
O ano de 2017 interrompeu este ciclo de descida, registando
um acréscimo, que não sendo de grande monta,
pode indiciar boas perspectivas quer para quem vive
do sector, quer para a indústria das conservas.A indústria de conservas representa tradicionalmente
uma fatia importante das exportações dos Açores,
com receitas que foram em 2016 da ordem dos 40
milhões de euros e poderão atingir em 2017 os 52 milhões
de euros.
Além das exportações das conservas, há uma exportação
de pescado vivo, que em 2017 deverá rondar as duas mil toneladas, um pouco menos que 2016.
É de ter em conta também a “exportação” que resulta
do consumo dos turistas em restaurantes, que pode
ter já algum volume tendo em conta o crescimento de
turistas que se tem verificado.
Em 2017 as espécies que atingiram maiores valores
em lota, foram o atum (2 milhões de euros), o chicharro
(585 mil euros), o goraz (351 mil euros) e o Boca Negra
(332 mil euros).
Só estas espécies representam cerca de metade das
receitas provenientes da pesca.

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